Eleito Presidente do Conselho de Administração da ACBB (Associação dos Criadores de Brahman do Brasil) pelos seus membros no dia 09 de novembro, o pecuarista e empresário João Leopoldino, titular da Agropecuária Leopoldino (Brahman Canaã), assumiu o cargo em 02 de janeiro de 2013 com o compromisso de fortalecer a entidade e implementar uma estratégia de marketing agressiva, divulgando as características da raça Brahman e conquistando novos sócios para a Associação. Nesta entrevista, o Presidente eleito conta um pouco sobre sua história com o Brahman e seus planos para a ACBB em 2013.
O que o levou a criar Brahman?
A pecuária sempre me fascinou. Estudos sobre os animais e melhoria do plantel nos levaram à procura de uma raça que fosse resistente ao calor, aos ectoparasitas, fosse precoce e pudesse agregar valor ao negócio que desenvolvemos no centro-oeste, mais precisamente em Mato Grosso. Ao conhecermos o Brahman, pelas suas reais qualidades, percebemos que este era o animal que procurávamos.
Quais serão as prioridades de sua gestão como presidente do Conselho de Administração da ACBB?
Ao assumir, seguir o exemplo legado e dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo presidente Ary. Não podemos perder o que já foi conquistado, e muito foi feito na gestão anterior. Mas pretendo imprimir minha marca e superar um grande desafio que se constitui em fortalecer ainda mais a entidade, conquistando novos associados e fazendo da ACBB uma entidade forte, capaz de ser ouvida. É imprescindível que o Brahman e suas características sejam mostrados. Para tanto, necessitamos dos meios de comunicação. Precisamos adotar uma estratégia de marketing agressiva, utilizar todos os meios de comunicação, ou seja, jornais, revistas, televisão e rádio. Há muita publicação especializada, além de programas de rádio e de televisão dedicados à pecuária e à agricultura.
Nosso projeto de gestão pretende dar ênfase à interação entre os países criadores de Brahman. Não podemos deixar de lado este mercado. O Brahman é criado em aproximadamente 70 países. Muitos com clima tropical. Certamente, hoje, o Brasil desponta como um dos principais, senão como o principal.
Queremos fornecer essa genética tão bem desenvolvida em nossos criatórios para além-fronteira, rasgar novos horizontes. Que outro zebu tem essa possibilidade?
Outra meta importante consiste na abertura da ACBB para uma efetiva participação do associado nas principais decisões da entidade. Afinal, a ACBB pertence ao sócio, é para ele que existe e trabalha. Alguns ajustes estão em curso, principalmente no que respeita a mudanças nas exposições, a fim de atrair o público, contar com maior número de participantes e visitantes. Enfim, existem projetos de sobra. Com o tempo, eles serão implementados visando sempre o desenvolvimento da raça.
Na opinião do senhor, quais desafios a ACBB e a raça Brahman terão no ano de 2013?
O maior desafio da raça continua a ser mostrar que ela pode e deve ser utilizada por quem busca uma pecuária de resultados, onde as fazendas bem estruturadas reverterão em lucro sua utilização. Já não se pode pensar em uma pecuária sem a utilização das melhores técnicas de fornecimento de pastagens de boa qualidade e manejo adequado para se colher os melhores frutos. É neste mercado que o Brahman quer mostrar onde pode chegar.
Como o senhor vê o mercado internacional para o Brahman e como a ACBB atuará nessa área em 2013?
Será uma das metas de nossa gestão. Já estamos estudando o convite para proferir conferência sobre o Brahman no Equador, em outubro de 2013, bem como pretendemos nos fazer representar nos vários países que têm potencial para criar Brahman e aproveitar a ótima genética desenvolvida pelos criadores brasileiros. O Brasil já é exportador de genética e tem forte tendência para se tornar o maior exportador de genética Brahman do mundo.
Quais projetos o senhor pretende implementar na ACBB?
Os principais projetos terão como foco o aumento de associados e a maior presença da raça Brahman nos meios de comunicação, e, ainda, o aproveitamento da raça no cruzamento industrial.
Quais são as suas perspectivas para o setor e para o Brahman em 2013?
O Brasil é hoje o maior exportador de carne do mundo. Precisamos, cada vez mais, agregar qualidade e implementar programas que rastreiem a carne consumida nos mais variados mercados. Somente assim atingiremos níveis mais significativos de exportação, tanto no que diz respeito à quantidade quanto a preços.
O momento vivido pelo planeta é de muitos questionamentos. É necessário planejar e buscar metas. Desenvolver programas de qualidade exige tempo. Precisamos estar atentos às oportunidades e não perder tudo o que já conquistamos.
Com o Brahman é a mesma coisa. É muito importante mostrarmos e explorarmos as principais características da raça. Por exemplo, a precocidade faz com que tenhamos um animal ambientalmente correto e valorizado. Assim, existem muitas características que podemos e devemos explorar em prol do Brahman.
E o momento para a nossa raça exige que sejamos estrategistas para mostrarmos ao mercado que o Brahman está presente em nossa pecuária, veio para ficar e para agregar valor. E para dar ao País mais uma fonte de riqueza.