No dia 27, no final da tarde até a noite, acontecerá o esperado curso de churrasco ministrado pelo requisitado Rodrigo Casale. O evento é mais uma promoção do calendário 2019 do Brahman Jovem, programa da ACBB, levado em conjunto com a ABCZ Jovem; e também mais uma iniciativa de marketing em torno do lançamento da “Carne Certificada Brahman”, com patrocínio da VPJ Alimentos, empresa parceira na empreitada.
Vale lembrar que o programa da carne certificada é a nova ferramenta de fomento da ACBB e está em processo de implantação, angariando produtores pelo país, de modo a garantir frequência e escala comerciais ao produto. Toda a diretoria da entidade convoca os brahmistas para compreenderem melhor a estratégia e oportunidade. “A hora de crescer é agora”, chama o presidente da ACBB, Paulo Sério Scatolin.
Carta aos Brasileiros
A Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), por meio de sua diretoria e associados, vem aos cidadãos brasileiros alertar quanto a uma série de materiais jornalísticos, entre noticiário e reportagens diversas, na imprensa eletrônica e na impressa, que vem atribuindo centenas de queimadas pelo País, contundentemente na Amazônia, a ações de interesse do setor agropecuário.
Primeiramente esta entidade, a ACBB, se vê na obrigação de lembrar que há maus e bons profissionais e empresários – no que diz respeito a valores morais e éticos – em todas as atividades econômicas, sociais e políticas, espalhados não só no Brasil como em todo o mundo, independente de etnia, gênero, crença religiosa e status quo. Portanto parece ser justo afirmar que é da natureza humana iniciativas de interesses questionáveis e extremamente particulares volta e meia sobreporem aos da maioria.
Partindo deste contexto, resta dizer que há ainda a falta de informação e a desinformação, por motivo alheio aos fatos, por deliberação ou simplesmente pela falta de competência técnica. Atribuir à agropecuária o desmatamento e queimadas desastrosas ao meio ambiente, portanto, pode ser uma atitude explicada por um amplo espectro de razões, restando à inteligência da sociedade, com o apoio de suas instituições, uma justa leitura dos acontecimentos.
A agropecuária brasileira tornou-se protagonista na produção mundial de alimentos, geradora de importantes divisão para os interesses nacionais, e é, hoje, seguramente motivo de orgulho para o seu povo, pois coloca todo tipo de alimento no seu prato com qualidade e preços acessíveis, para não dizer, muitas vezes, “muito baratos”. O produtor do campo é um homem que trabalha de sol a sol como qualquer outro bom trabalhador desta pátria, sob a ordem da lei e o bem-estar social. Sua terra é seu meio de vida, seja ele colaborador ou empresário.
Logo, a regra básica de conservação e sustentabilidade é um mandamento sagrado, há décadas, bem antes de ser um dever da consciência ambiental, algo recente na humanidade. A terra fixa o homem e garante o sustento de gerações, no presente, no passado e no futuro. Para isso, a terra fértil depende de cuidados mínimos, assim como qualquer ente querido e, todo produtor tem a consciência do seu papel na cadeia produtiva, independente da maior ou menor satisfação, em função de intercorrências de mercado ou da macroeconomia, como a recessão que nos vemos instalados. Até mesmo, muitas vezes, de uma remuneração que o torne perene.
É sabido que, pela ausência do Estado na Amazônia, independente das inúmeras justificativas ou mesmo se são ou não legítimas – até do viés político – estimula a ação criminosa de madeireiros, seguida da ocupação ilegal de posseiros que passam a ocupar as áreas desmatadas. Nessa sequência histórica, quase uma rotina, a ocupação que se segue é para a criação de pequenos rebanhos ou uma lavoura de sub existência. Logo, isso não é Agropecuária de que falamos! Isso é desespero e a histórica ineficiência do Estado de Direito.
O que o povo brasileiro não sabe é que a queimada é permitida pela Lei em determinadas situações. Ela é licenciada para modelos controlados com as devidas técnicas e consequências ambientais mínimas e seguras, sem qualquer ameaça à vida ambiente. Séculos atrás, como inúmeros documentos históricos revelam, os próprios índios (pessoas teoricamente e totalmente integradas aos respectivos biomas) ateavam fogo para promover suas lavouras e revigorar suas matas, como um recurso disponível.
Estas áreas nominavam pelas palavras Campo (singular) ou Campos (plural). Hoje, é só conferir no mapa político do País e ver quantas cidades começam com um Campo ou Campos na sua nominação. Há mesmo até bairros em metrópoles com essa atribuição. Da mesma forma que a queimada, a Lei em vigor no País também permite o desmatamento em áreas de floresta. Na Amazônia, em média, 20% da área em questão. Portanto, resta saber se o desmatamento de 20 mil campos de futebol estava ou não na legalidade.
A ocupação da Amazônia é um objetivo primordial para não condenarmos nossos irmãos da região Norte, cerca de 20 milhões, à condição esdrúxula de sub cidadãos. Devemos lutar e promover um plano de exploração sustentável e que efetivamente garanta a vida do bioma para o Brasil, acima de tudo em sua plena soberania, ocupando-a, efetivamente; mas também para o mundo, com toda sua biodiversidade e riqueza. Logo, o que a imprensa deve fazer é levar seu trabalho à última das consequências e revelar o fio da meada. Dar nome aos bois e não só mostrar a fuga das onças.
Vamos acreditar em nossas instituições sem, porém, sermos massas de manobra. Para tais ações criminosas há uma Sociedade, Justiça e um Estado, em dificuldades; nunca uma atividade Agropecuária dando o aval. Pense: não chamamos um ladrão de bancos de banqueiro, nem um traficante de mega comerciante. Nós chamamos a polícia.
Honraria a bramista, participação recorde no PNAT e “Encontro ACBB” dão sequência às comemorações dos “Jubileu de Prata” do Brahman no Brasil.
ABCZ prestigia o Encontro Brahman com seu o superintendente geral, Jairo Machado Borges Furtado; o diretor Eduardo Falcão; seu presidente, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges; ao lado da presidente da ABCZ Mulher, Iara Marquez; do diretor Gabriel Garcia Cid; e do superintendente-adjunto de Melhoramento Genético, Henrique Torres Ventura. No centro, Paulo Sérgio Scatolin, presidente da ACBB, em companhia da esposa Fernanda de Fabio.
Praticamente um mês antes de um dos seus grandes eventos, a ExpoBrahman, edição 2019 (no mês de outubro), a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) manteve o ritmo forte de trabalho e de celebrações dos 25 anos que a raça é selecionada, oficialmente, no País, na ExpoGenética 2019, realizada entre 19 e 23 de agosto, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Paulo Sérgio Scatonin, presidente da entidade e anfitrião, ficou satisfeito com a participação da raça e destacou a maturidade de técnicos e criadores, nas discussões sobre realidade e futuro da raça na pecuária nacional.
Ponto alto do evento, aconteceu dia 22 de agosto na sede da associação o “Encontro ACBB”, uma mesa de depoimento e discussões que trouxe como tema a “Carne Certificada Brahman”, uma das grandes conquistas da raça neste “Jubileu de Prata”. Robert Sainz, professor e pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA), autoridade mundial em avaliação de carcaça por ultrassonografia, diretor da empresa brasileira Aval Serviços Tecnológicos e criador de Brahman no Estado do Maranhão, abriu a conversa e tratou dos desafios da raça no contexto da bovinocultura de corte.
Sainz observou que “a raça foi criada nos Estados Unidos, utilizando cruzamentos entre animais zebuínos importados do Brasil via México”. Para ele, os brahmistas dos EUA estabeleceram uma raça produtiva e dócil. No entanto, salientou que esses animais, décadas depois trazidos para o Brasil, “não tinham as características mais adequadas às condições brasileiras”.
“Muitos eram provenientes de criatórios que apresentavam problemas de vigor nos bezerros recém-nascidos, além de defeitos morfológicos como tetos grandes e umbigos pendulários”. Sainz, no entanto, concluiu seu raciocínio demonstrando orgulho ao dizer que “salvo alguns animais que vez por outra aparecem, o brahmista brasileiro corrigiu esses defeitos e, hoje, deu à raça indivíduos preponderantemente corretos, produtivos e rústicos”.
Robert Sainz, Pedro Teixeira, Michell Araújo, Luiz Josahkian, Carlos Vivacqua e Alexandre Ferreira integram a roda de bate papo.
Pela frente do Brahman
O mestre e pesquisador ainda estendeu seus pensamentos para alguns desafios, ressaltando que eles são de “seus criadores e não da raça”. “Uma vantagem enorme que os estadunidenses têm sobre os pecuaristas e agricultores brasileiros é que eles são unidos. Podem discordar sobre muitas coisas, mas sabem reconhecer o que é de interesse comum e juntar esforços para o bem coletivo. Sejamos claros: nosso gado não é bom, é excelente; mas falta-nos definir e executar uma estratégia para posicioná-lo no mercado”, deflagra.
Outro integrante da roda foi Pedro Teixeira, selecionador e produtor de touros no Acre. Ele relatou sua experiência e também reforçou o posicionamento de Sainz, como presidente do Conselho Técnico Deliberativo da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), sobre a necessidade de juntar esforços. Na sequência, Michell Araújo e Silva, gerente de suprimentos da VPJ Alimentos, empresa parceira na empreitada de produção da “Carne Certificada Brahman”, aproveitou a deixa e reforçou o quanto a união organizada dos produtores será “fundamental” para o sucesso do programa.
Como professor e cientista da bovinocultura de corte, Sainz ainda alertou para a falta de números que orientem melhor a raça no Brasil. “Dados de todas as naturezas que traduzam as qualidades do Brahman ao mercado”, destacou. Então, Luiz Antônio Josahkian, superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), desenhou o cenário de participação do Brahman nos programas de melhoramento genético levados pela entidade.
O técnico desfilou conquistas, mas também alertou os brahmistas. “Temos de intensificar os esforços, principalmente nas mensurações genômicas, ferramentas que “aumentarão em muito a acurácia nas ações de acasalamento, dando mais velocidade na conquista de objetivos”. Josahkian ainda respondeu à pergunta feita pelo presidente da ACBB, Paulo Sérgio Scatolin, sobre o fato da entidade não absorver as informações produzidas pela associação americana da raça (ABBA), que há anos apuram Diferenças Esperadas de Progênie (DEPs) de seus criatórios. Com prontidão, ele esclareceu que o desinteresse é da ABBA, apesar dos inúmeros esforços da ABCZ.
Sainz interferiu e disse que não esperava atitude diferente dos dirigentes da associação de seu país. “Eles têm muito medo do potencial que esse Brasil apresenta para alimentar o mundo com sua carne e, por isso, omitem-se”. Continuando, Carlos Vivacqua, diretor executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), engrossou a discussão sobre números que possam apoiar o Brahman em suas estratégias, colocando à disposição as informações geradas pelo “Index Asbia”, um serviço completo sobre dados da inseminação artificial no País.
Fechando a rodada, Alexandre Ferreira e Adalberto Cardoso, dois ex-presidentes da ACBB, deram seu testemunho sobre experiências com a raça no cruzamento industrial. Ferreira, como um dos líderes no fornecimento de matéria prima para a “Carne Certificada Brahman” e Cardoso como fornecedor de genética indicada à prática.
Mais de 120 pessoas, entre criadores, técnicos, imprensa e diretores de entidades prestigiaram o “Encontro Brahman”.
Brahman no PNAT 2019
Dois animais Brahman, entre os 11 destaques da raça no Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT), foram classificados como os melhores da raça. Trata-se de Ferzon da Cannaã, de João Leopoldino Neto, do Brahman Canaã, de São Carlos (SP); e Mister UBER Backup 1622, de Aldo Silva Valente Júnior, do UberBrahman, de Uberlândia (MG) e Valença (RJ). O PNAT 2019 recebeu grande participação da raça, quase quadruplicando-a, em relação ao certame de 2018.
Além disso, o Brahman ocupou pavilhão com animais, atraindo muitos visitantes e consultas sobre o desempenho da raça, principalmente no cruzamento industrial. Também quiseram conhecer o programa de carne certificada e outros programas que envolvem a raça. A mobilização dos criadores nesta ExpoGenética acabou gerando compromissos de, na próxima edição da feira, em agosto de 2020, reforçarem ainda mais o trabalho de fomento da raça, nesta tão importante jornada de discussão do melhoramento genético promovido nas raças zebuínas.
UberBrahman e Brahman Canaã apresentaram dos dois melhores animais da raça na edição 2019 do PNAT.
Honraria para bramista
No centenário da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e, entidade promotora da ExpoGenética e, principalmente, no “Jubileu de Prata” da raça Brahman no Brasil, foi motivo de muito de satisfação para a coletividade de brahmistas, ver agraciado com a comenda do “Mérito ExpoGenética”, ano 2019, categoria “Criador”, o pecuarista Adalberto Cardoso, último ex-presidente da Associação de Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) e titular da grife Brahman Braúnas, da Fazenda Braúnas II, em Funilândia (MG).
A entrega do prêmio em reconhecimento a uma jornada de mais de dez anos de trabalho de seleção, aconteceu na manhã do dia 23, em solenidade de encerramento da maior feira. Na ocasião, foi apresentado um breve relato do trabalho de Cardoso com o Brahman e na construção de um criatório modelo, militante nas causas da raça e fomentador da melhor genética pelo País.
Diretoria da ACBZ passa a Adalberto Cardoso o Mérito ExpoGenética 2019, categoria criador.
https://brahman.com.br/noticias?start=114#sigProIdbaf6421114