Notícias do Mercado

A raça Brahman está participando pela primeira vez do “Programa Zebu - Carne de Qualidade”, que acontece na Fazenda Experimental Orestes Prata Tibery Júnior, em Uberaba/MG. A prova medirá o diferencial econômico do uso de genética de qualidade da raça e é promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com o apoio institucional da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB.

O desempenho dos machos nas fases de recria, engorda e abate será acompanhado nos próximos meses. Estão sendo avaliados 18 bezerros Brahman puros de origem, pertencentes a 18 criatórios de dez estados brasileiros (MG, MS, MT, PA, RJ, RO, RS, SC, SP, TO). Entre os participantes está o criador Hildo José Traesel, que há 15 anos seleciona a raça no município de Porto Vera Cruz/RS, na divisa com a Argentina. “Ter dados técnicos sobre o desempenho do Brahman na produção de carne de qualidade é muito importante, pois mostrará ao mercado que a raça é uma excelente opção para cruzamento industrial”, assegura Traesel, titular do criatório BrahmanSul.

Nesta primeira etapa, iniciada em 8 de junho, os animais participam da Prova de Ganho de Peso a Pasto. A previsão é de que essa fase seja encerrada em 13 de março de 2022. “Eles serão recriados a pasto, recebendo suplementação de silagem de milho e sal proteinado na época da seca e sal mineral proteinado no período das águas. Esperamos um ganho de peso nesse período entre 600 e 700 gramas”, esclarece Lauro Fraga Almeida, gerente de Melhoramento Pró-Genética e coordenador do Programa Carne de Qualidade.

Na segunda etapa, os animais serão confinados e haverá a mensuração do Consumo Alimentar Residual (CAR). A estimativa da ABCZ é que essa fase termine em 14 de julho de 2022. Na última etapa, ocorrerá o abate técnico, quando os animais estarão, em média, com 21 meses de idade e 22 arrobas. Ao final de cada uma das três etapas serão gerados índices, que irão compor o índice final classificatório dos animais na prova. “Com todo esse protocolo queremos mostrar a eficiência da raça Brahman no sistema de criação brasileiro, sua lucratividade quando manejada em confinamento e sua capacidade de produzir carne sustentável e saborosa”, diz Lauro Fraga Almeida.

 

Mercado aquecido- A prova acontece em um momento que a demanda pela genética Brahman está bem aquecida. “Aqui no Rio Grande do Sul, o mercado está excelente este ano, com grande procura por novilhas e reprodutores da raça. Já vendemos toda a nossa safra de touros, incluindo os mais jovens. Isso vem ocorrendo porque o pecuarista gaúcho constatou que o Brahman, por conta de sua grande rusticidade e adaptabilidade, contribui bastante para reduzir problemas com ectoparasitas, que têm prejudicado o estado. Eles ainda perceberam que a raça ajuda a produzir um animal com tamanho da carcaça dentro do que o mercado vem exigindo”, destaca o criador.

De acordo com o presidente da ACBB, Paulo Scatolin, ter dados técnicos confiáveis que atestam essa eficiência do zebu na pecuária de corte agregará ainda mais valor à genética Brahman.  O programa conta com a participação de pesquisadores da Embrapa, Epamig, Fazu, UFV, Unicamp, Esalq/USP e UFMS, além da equipe técnica da ABCZ.

O “Programa Zebu - Carne de Qualidade” tem a participação dos criatórios: Agropecuária Leopoldino Ltda., Aldo Silva Valente Junior, Alexandre C.Ferreira/Outros-Cond, Arnaldo Jesus Bez Batti, Assu Emp. Imob. e Agropec. Ltda., Clodoaldo Sérgio Bendilatti, Daniel Teixeira Dias, Francisco Albea Neto, Guaporé Pecuária S/A, Hildo Jose Traesel, João Batista Pereira Chaves, Josemar Rodrigues Neves, Mary Lucia Gomes Cardoso, Marco Antônio Andrade Barbosa, Otayr Costa Filho, Querença Emp.Rural Agri.Pec Ltda. e Wilson Roberto Rodrigues.

Estudante de Administração do Agronegócio pelas Faculdades FAEL (Faculdade Educacional da Lapa), polo Lorena (SP), a hoje pecuarista Ericka Christina Antunes Lauermann é sócia proprietária do Brahman Hans, criatório de Gado da Raça Brahman PO na cidade de Guaratinguetá (SP), e conselheira da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). “Mas o meu título mais importante é ser a esposa do Hans, a mãe da Monicka, do Nickolas, da Rebecka e da Biancka e avó do Eduardo”, destaca a criadora. Saiba um pouco mais da história dessa Mulher do Agro.

Como foi seu primeiro contato com as “coisas do campo” e qual sua relação com o agronegócio.

O Hans sempre foi fazendeiro. Ele tinha essa fazenda aqui como uma casa de veraneio para descanso e uma futura aposentadoria, já que ele também é empresário no setor de fabricação de papel reciclado na cidade de Potim/SP. Essa fazenda já tem pelo menos uns 40 anos. Nós ficamos juntos em 2009 e eu passei a acompanhá-lo nas visitas à fazenda uma vez por mês, pois precisávamos fazer o pagamento dos funcionários.

Nessa época ele trabalhava com gado comercial, e o foco era todo concentrado na venda de bezerros. Eram mais ou menos 150 matrizes e três touros. À época eu não participava de nada, apenas passeava na fazenda. Depois de uns meses eu comecei a ajudar na parte administrativa, que era a minha área de trabalho.

Em 2016 iniciamos nosso processo de transformação da fazenda em criatório de gado PO. Foi então que compramos nosso primeiro touro PO, um Brahman da Portobello. Com os resultados dos bezerros na balança, chegamos à conclusão de que estávamos no caminho certo. Hoje somos um criatório de gado Brahman PO, associados das Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e participamos do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ). Nossos animais são todos criados a pasto devido a nossa topografia muito acidentada e, desde 2019, quando começamos a participar da Expobrahman com eles, ganhamos alguns prêmios.

Ericka 2

Quais atividades que você desenvolve no seu dia a dia, tanto dentro quanto fora da porteira?

Em anos anteriores, antes da pandemia do Covid-19 em 2020, como já disse, morávamos no centro da cidade de Guaratinguetá, que fica a 35km da fazenda. Nessa época, mais precisamente entre 2010 e 2019, eu participava do Lions Clube de minha cidade, do qual eu fui presidente por duas vezes. Por conta da pandemia, em março de 2020, nos mudamos definitivamente para Fazenda e, a partir daí, eu assumi direto as tarefas administrativas relacionadas ao gado. Hoje, “fora da porteira”, minhas responsabilidades são minha mãe, meus quatro filhos, meu neto e o Hans, que está o tempo todo ao meu lado me ajudando, me orientando e cuidando da fazenda quase que exclusivamente do curral para dentro.

Atualmente você é uma das Conselheiras da Associação de Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). Fale um pouco mais sobre o seu trabalho no conselho da entidade.

Nós fazemos parte da ACBB desde 2017. Como estávamos entrando na criação de gado Brahman PO, achamos que seria o correto participar da associação para ter mais contato com os criadores e aprender como tirar melhor proveito da raça. Minha participação como Conselheira é recente. Fui convidada a participar em outubro de 2020 e, por conta da pandemia, ainda não tivemos muitas possibilidades de realizações.

Do ponto de vista de criadora, como você avalia o momento atual da pecuária nacional? Como em sua visão, a pandemia impactou nesse setor? E o que você acha que pode ser feito para que a atividade continue a crescer de forma sustentável e produtiva?

Para a pecuária brasileira o momento é de grande crescimento. De acordo com informações da EMPRAPA, somos um dos países que mais exporta carne; por conta de nossa qualidade nos tornamos competitivos no mercado e nosso produto chega a quase 150 países. A criação de bovinos é a atividade que mais cresce. Eu não acho que a pandemia tenha tido relação direta com esse aumento, pois o Brasil já vinha se colocando em destaque antes disso acontecer. Em 2019 tivemos um aumento de quase 15% nas exportações de carne bovina, o que continuou nos anos seguintes, mesmo com a crise econômica gerada por conta da redução das atividades em virtude do Covid-19. A raça Brahman está há quase 30 anos no Brasil e, atualmente, temos novos criadores que vêm trabalhando para que o Brahman volte a ser uma raça de grande destaque no país.

O que tem contribuído muito para isso é o fato de que o Brahman vem tendo bons resultados no cruzamento com outras raças, seja de leite ou de corte. Acredito que mais investimentos em melhoria genética pode trazer resultados a curto prazo para os criadores de gado. Menos tempo do gado no pasto, menos custo com manutenção, promovendo maior rendimento no abate.

É de conhecimento geral que, tanto na pecuária quanto em outros segmentos da cadeia produtiva de alimentos, o melhoramento genético animal e as ferramentas para avaliar e mensurar tem contribuído e auxiliado os produtores a melhorarem suas produtividades. Em sua opinião, quais os benefícios oriundos dessa prática e quais outros avanços tecnológicos fundamentais para o desenvolvimento do setor?

Então, a melhoria genética, para trazer um bom resultado para o produtor, precisa vir acompanhada de um controle na qualidade dos pastos, ou seja, genética sem comida não dá resultado. Esse pode ser o caminho para a evolução da produtividade. Como eu já disse, animais geneticamente preparados podem trazer mais benefícios ao seu usuário. Aqui na fazenda nós fazemos um trabalho desde 2019 com a produção de embriões, utilizando material genético de nossos próprios animais, cujas avaliações pela ABCZ, os classifica como touros melhoradores. Como que se faz isso? Todo rebanho tem as matrizes que se destacam e as matrizes que são comuns. Nós pegamos essas matrizes de destaque e acasalamos com touros melhoradores, o que nos dá a chance de ter bezerros que vão nos trazer resultados melhores em menos tempo. As matrizes que não são de destaque genético, aqui são utilizadas como receptoras, a chamada Barriga de Aluguel, já que a vaca Brahman cria muito bem seus bezerros. Os benefícios se identificam na balança.

Ericka 4

Falando agora um pouco sobre o papel da mulher no agro nacional, a cada dia podemos notar que essa participação está mais ativa, presente e promovendo muitas melhorias no segmento. A que você credita esse novo momento? Quais em sua opinião, são as principais contribuições das mulheres, tanto da porteira para dentro quantos em outras áreas desse segmento?

Bom, a mulher sempre esteve presente no agronegócio, só que ela era conhecida como “a filha do fazendeiro” ou “a esposa do criador”. Ter um filho homem que participava da rotina agropecuária era o normal, mas a filha ou a esposa, trabalhavam de igual para igual com o homem, mas não eram visíveis. As mulheres eram poupadas do serviço braçal e se dedicavam mais ao estudo e capacitação. O que aconteceu foi que a tecnologia chegou nas fazendas e, com isso, as mulheres puderam exercer o seu conhecimento longe das baias. Não vou dizer que não tenha mulher que trabalha na lavoura, na cria dos animais no dia a dia, mas a maioria delas que estão hoje na agropecuária, tem mais funções administrativas. A mulher tem atuação direta em diversas áreas, como veterinária, agronomia, zootecnia, administração, condução de equipamentos agrícolas, etc.

Hoje a mulher está preparada para assumir qualquer função dentro de uma fazenda. Vale a pena ressaltar que é uma mulher que toma conta do nosso Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e vem fazendo um trabalho excepcional, colocando o Brasil entre os melhores países nesse setor.

Fique a vontade par acrescentar algo que achar necessário, um conselho, dicas para quem pretende viver da pecuária e, consequentemente, contribuir para o agronegócio brasileiro, entre outras coisas.

Nesses tempos de pandemia, a agropecuária foi um dos setores que se manteve em atividade constante. O agronegócio tem trazido inúmeros benefícios para nossa economia. Pudemos ver também que em várias regiões do nosso Brasil o êxodo rural retroagiu, e fez com que muitas pessoas voltassem para o campo trazendo de volta a agricultura familiar.

As pequenas propriedades com a utilização de animais geneticamente adequados a sua função, podem ser economicamente viáveis. Posso dizer que não é uma atividade fácil, pois dependemos de fatores externos como o clima, mas com muita disciplina, dedicação e um bom planejamento os resultados sempre serão positivos. Mesmo.

 

 

Fonte:https://animalbusiness.com.br/negocios-e-mercado/mercado-agro/mulheres-no-agro-ericka-christina-antunes-lauermann/ 

Por 

 

A raça Brahman segue no Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT) 2021 com a participação de seis criatórios. Os reprodutores estão passando pela etapa de pesagem intermediária na Fazu, onde estão sendo submetidos ao Teste de Desempenho e Eficiência Alimentar. Ainda haverá pesagem final, avaliação de tipo EPMURAS, exame de ultrassonografia, exame andrológico, exame de brucelose e de tuberculose.

A lista dos touros classificados deve ser divulgada até 26 de julho pela ABCZ. Aqueles que apresentarem índice final superior à média de sua classe serão classificados para a 3ª fase do PNAT, quando serão submetidos à aprovação de cinco jurados efetivos da ABCZ, durante a ExpoGenética 2021.

Assim como em 2020, o evento será realizado totalmente online, entre os dias 14 e 22 de agosto. Os animais do PNAT estarão no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Aqueles que não forem classificados podem participar do leilão virtual do PNAT, caso o proprietário autorize.

Na raça Brahman, participam os criatórios Braúnas, Fazenda Terra Verde, Uber Brahman, Fazenda Nova Pousada, W2R, Amir Miguel.

 

WhatsApp Image 2021 06 18 at 15.50.28

 

 NZ7A3530

NZ7A3530

 

 

 

 

 

A expectativa é que participem fêmeas e touros de criatórios de todo o país. 

 

Fêmeas e touros de diversos criatórios brasileiros serão avaliados, a partir de agosto, durante a 1ª Prova de Eficiência e Performance Brahman/BoicomBula, que acontecerá no Centro de Performance Verdana, em Itatinga/SP. A proposta é identificar animais de desempenho superior para as características de maior impacto econômico para a pecuária de corte, dentro do sistema de cria e recria a pasto, com suplementação, e confinamento na fase de terminação.

Serão aplicadas cinco modalidades de classificação, utilizando, para isso, tecnologias tradicionais e contemporâneas, tais como prova de eficiência alimentar, ultrassonografia de carcaça, julgamento de morfologia e de tipo frigorífico. “O objetivo é realizar a prova de desempenho mais completa que a raça Brahman já teve até hoje, tanto para machos quanto para fêmeas, gerando para o mercado uma série de dados técnicos sobre a qualidade do Brahman brasileiro na produção de carne”, informa Fernando Pereira, presidente do Conselho Técnico da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). A entidade é a realizadora da prova em conjunto com a empresa de consultoria BrazilcomZ, contando com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Entre os dados que serão mensurados estão: ganho de peso, volume testicular, Área de Olho de Lombo, Espessura de Gordura Subcutânea, Consumo Alimentar Residual, Estrutura, Precocidades, Musculosidade, Umbigo, Raça, Aprumos e Sexualidade (EPMURAS) e Marmoreio. Na parte de fertilidade, as novilhas passarão por avaliação ginecológica completa e, ao final da prova, serão inseminadas, quando terão em torno de 13 meses de idade. No caso dos machos, haverá teste de congelamento de sêmen. Podem participar touros jovens nascidos de 15/08/2019 a 12/01/2020 e novilhas pós-desmama, nascidas de 01/07/2020 a 31/12/2020, desde que oriundos de criatórios associados à ACBB.

As avaliações de eficiência alimentar serão conduzidas pelo Instituto de Zootecnia (IZ) de Sertãozinho. “Reunir um grupo de animais da cabeceira dos principais plantéis do país será uma grande oportunidade de mostrar a qualidade do Brahman brasileiro para o mundo e buscar referências de critérios de seleção para a raça”. diz William Koury Filho, zootecnista da BrazilcomZ.

A 1ª Prova de Eficiência e Performance Brahman/BoicomBula será finalizada em novembro de 2021. Na sequência, a ACBB promoverá a primeira edição do simpósio “O Brahman no Brasil”, que contará com a participação de especialistas na área de melhoramento e seleção de gado de corte. O evento permitirá a interação de pesquisadores com o setor produtivo, por meio de apresentações e debates sobre critérios e índices de seleção importantes para a raça Brahman. Também serão abordados critérios de julgamento e avaliações morfológicas. Fechando o calendário da prova, haverá um leilão dos touros classificados.

Informações e inscrições:  www.brasilcomz.com - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. - (16) 3203 – 8815 / Whatsapp: (16) 98216 – 8233

Abate de animais realizado no Acre comprovou ainda alta qualidade da carcaça, dentro dos padrões exigidos para exportação

Os pecuaristas que já vinham apostando em animais melhoradores antes mesmo do aumento considerável das exportações para a China continuam “colhendo os frutos” dos investimentos em genética. Nessa conta, entra não só o atual valor pago pela arroba, mas, também, a redução de custos de produção alcançada com o abate precoce da boiada. Na Fazenda Diamante, localizada em Rio Branco/AC, o uso de touros puros da raça Brahman em cruzamento com a vacada Nelore permitiu o encurtamento do ciclo de produção em seis meses. “Se levarmos em conta apenas o custo com aluguel de área de pastagem para acomodar o gado, temos uma economia de R$150,00 por cabeça. Isso sem falar na redução de gastos com mão de obra, nutrição etc.”, assegura o pecuarista Pedro Teixeira, que há 15 anos investe na genética Brahman, sendo grande produtor de touros no Norte do Brasil. O rebanho é avaliado pelo Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ). Já a avaliação de carcaça é conduzida pela Aval Serviços Tecnológicos.

Com o intuito de obter dados que confirmam a eficiência da raça na produção de carne, a propriedade realizou, no final de abril, um abate de 20 novilhas Brahman PO, que não conseguiram emprenhar na última estação de monta. Os animais tinham 32 meses de idade e peso médio de 465 kg e foram abatidos na unidade da JBS Friboi, de Rio Branco. O rendimento de carcaça foi de 51,5% e peso das carcaças foi de 240 kg, sem jejum. “São animais criados e terminados a pasto, somente com a oferta de suplementação de sal mineral aditivado, que podem atender o mercado de carne acima da commodity, como o da carne maturada, por exemplo. O nicho de carnes gourmet tem até preferido fêmeas nos abates”, esclarece.

No gancho, as novilhas confirmaram grande qualidade de carcaça, garantindo uma maior bonificação ao pecuarista já que atenderam as exigências para exportação. Dezesseis novilhas foram classificadas na categoria Farol Verde, do programa Farol de Qualidade do frigorífico Friboi, destinado às carcaças dentro do padrão desejável (para os parâmetros sexo, maturidade, peso e acabamento de gordura), e quatro no Farol Amarelo (padrão tolerável). “Os dados do abate só comprovaram o que já vínhamos verificando com os animais cruzados Brahman/Nelore, no que diz respeito ao acabamento e qualidade de carcaça, garantindo maior retorno econômico para o pecuarista”, confirma Teixeira.

Entre os produtos cruzados, a fazenda tem conseguido uma idade de abate menor. Os machos inteiros são abatidos aos 30 meses, com 20 arrobas. Já as fêmeas são abatidas, em média, aos 26 meses, com peso entre 16 e 18 arrobas. Em um sistema de semiconfinamento, a propriedade mantém os animais em pasto de braquiária MG5, abatendo anualmente 1500 cabeças.

Os investimentos em genética ainda melhoraram os resultados da propriedade com a fase de cria. “Conseguimos aumentar em 20 kg o peso dos bezerros na desmama, isso no rebanho comercial. As fêmeas chegam nessa fase com 220 kg, em média, e os machos com 230 kg. Esses ganhos vêm ocorrendo desde que passamos a usar a genética Brahman nos cruzamentos, pois é uma raça que imprime muito peso aos produtos, além de rusticidade e docilidade”, diz Teixeira. A produção de touros da propriedade atende tanto a demanda interna da fazenda Diamante quanto de pecuaristas do Norte e Centro-Oeste do país.

Segundo ele, nos últimos anos, os produtores estão investindo mais em genética, visando ofertar bovinos dentro do padrão exigido pelo mercado, que prioriza animais mais jovens e melhor acabados. “O mercado de touros Brahman está muito aquecido na região. Praticamente todos os 120 reprodutores que produzimos por ano são vendidos até os dois anos. Em nossos leilões, os principais compradores são das mais variadas localidades, tais como os estados do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre”, assegura Teixeira, que, junto com o pai Alcides e o irmão Thiago, prepara para o dia 26 de julho, a partir das 20h30, mais uma edição do “Leilão Brahman do Teixeira”. Com a chancela da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil, o evento ofertará 100 touros da raça e será virtual, com transmissão pelo canal Terraviva.

Carcaças da raça Brahman classificadas como Farol Verde

ptenes

Brahman no FacebookBrahman no YoutubeBrahman no Instagran